Todos devem estar assistindo a queda de braço do Governo Federal com o Congresso em relação ao aumento de alguns impostos, necessários para que possamos compensar aqueles que foram retirados ou reduzidos e assim conseguir tocar os projetos e governar.
‘ Nos últimos meses, o Governo Federal apresentou duas propostas sobre a redução de impostos que favorecem a classe trabalhadora: isenção total dos impostos da Cesta Básica e isenção do Imposto de Renda para quem ganha até cinco mil reais.
Os mesmos que votaram em peso contra a redução do imposto na comida, agora estão brigando para que o Governo não aumenta os impostos para Operações Financeiras (IOF) -CRIPTOMOEDAS, FINTECHS (Grandes empresas de Tecnologias) e BETS (Sites de apostas esportivas).
Se por um lado, aqueles que votaram em peso contra a redução do imposto na cesta básica, ou seja, contra comida mais barata, agora reclamam porque o governo quer aumentar a taxa de impostos dos ricos.
Se por um lado, os excrementíssimos deputados bradam solicitando o corte de gastos, em suas redes sociais, por outro coloca em pauta a votação para que políticos acumulem aposentadorias.
Em meio a essa guerra de interesses, temos as redes sociais que servem tanto como importante fonte de informações, quando o indivíduo acompanha o que está realmente em jogo, assim como fonte de alienação, quando o cidadão pega um videozinho isolado e compartilha a desinformação sem um mínimo de espírito crítico.
No Brasil sempre foi assim, todas as vezes que o governo tenta taxar os ricos, o Congresso, em sua maioria representante dos empresariados, que já recebem isenções milionárias, saem em defesa daqueles que se esbaldam em luxos. Toda vez que o governo precisa aumentar a carga tributária é o trabalhador que paga a conta. Foi muito fácil fazer a reforma trabalhista e a da previdência, porque, quem pagou mais uma vez esta conta somos nós. No atual momento, com a queda de braço, já sabemos de onde virão os cortes para compensar a isenção do imposto nos alimentos e no imposto de renda para quem ganha até cinco mil reais.
E ficamos nós aqui, assistindo tudo isso acreditando na retórica daqueles que não têm compromisso com o trabalhador e compartilhando as meias verdades que essa turma que sempre votou contra a gente mas se reelegem facilmente por causa da nossa desinformação.
*Oto Braz Odorico é professsor, advogado e dirigente sindical em Rondônia.
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